A Matriz 1440'

Apesar das semelhanças com o Relógio ou Zodíaco, esta Matriz era bem mais versátil e muito desenvolvida nas práticas da Astronomia Maya.
Nestas
culturas existia uma forte consciência do caráter cíclico dos Eventos do
Universo no Céu mas, também na Terra.
Esta
consciência conduziu a que os Conhecimentos e Práticas culturais ancestrais
fossem compreendidos e integrados sempre dentro de Sistemas com padrões cíclicos de Tempo, estudados e conhecidos por eles.
Para
observar e reproduzir os Ciclos existentes dentro de cada Sistema, era
utilizada a Matriz, onde eram integrados os Elementos intervenientes a serem
observados em cada Ciclo considerado.
Este
procedimento tinha a intenção de retratar a ordem cíclica natural para cada Evento observado.
Esta
fórmula proporcionou um grande desenvolvimento cultural a estas civilizações,
pois o seu método científico era muito próximo à forma de Manifestação e Expansão dos Eventos no Universo.
Um
Universo comum ao Espaço e à Terra, organizado por cadeias ordenadas de Ciclos
e Sistemas, em Evolução e Movimento, de forma integrada, entre todos, com Tudo
e com o Todo.
Para
o estudo ou observação de qualquer Ciclo ou Evento apontado nas práticas de
medição circular, eram considerados um ou mais Elementos em Órbita em torno de
um Elemento Central. Era também atribuído um ponto fixo de referência, o ponto
comum de partida e também de chegada no Ciclo da Matriz de 1440 minutos.
Este
referencial circular que pode ser dividido em infinitas partes, foi-lhe
atribuído um padrão convencional com as grandezas de Espaço-Tempo conhecidas
por todos, de 1440 Minutos ou 360 graus.
A
convenção de 1440 minutos na divisão da circunferência ou da Matriz de
Espaço-Tempo da Terra tem origem nas culturas ancestrais. Foi herdada pela
nossa civilização moderna mesmo que não existam explicações científicas para o
seu uso. Embora a resposta para este enigma pode ser encontrada nas práticas da
Astronomia Ancestral, quando bem entendidas.
A
convenção de 1440 minutos foi determinada de forma a se ajustar com as
dimensões da estrutura e proporcionalidade encontradas na Trama de Espaço-Tempo da Terra, pelas culturas ancestrais.
O
padrão e divisão deste referencial circular, permite combinar estudos e
observações científicas de forma harmoniosa e proporcional com números e
valores inteiros e racionais, em todos os Eventos que têm lugar na dimensão da
Terra.
Uma
ferramenta ao serviço de múltiplas medições e observações com uma infinidade de elementos possíveis de analisar, onde
a única constante era o Céu.
Nestas
culturas um Ciclo completo representava a Unidade.
Um
Dia Solar, ou Kin (para os Mayas), era a principal Unidade astronómica, por
corresponder a um Ciclo completo de 1440 minutos da Terra sobre o Sol.
Para
representar um Minuto, uma Hora ou outro fragmento do Dia Solar, ou qualquer
outra fração de um Ciclo astronómico não completo, era sempre necessário
identificar o Ciclo inteiro ao qual essa fração pertencia. Por exemplo, para
considerar 1 hora ou 60 minutos, era necessário identificar se esta fração de
Tempo era relativa a um 1 dia solar, ou a outro Ciclo.
Nas
práticas científicas destas Culturas não eram considerados valores irracionais
ou frações, sem serem devidamente identificados com o restante contexto a que
pertencem, na sua forma inteira.
Da
mesma maneira, para qualquer Unidade considerada, era sempre necessário
identificar o Ciclo em que esta estava inserida. Como por exemplo, o 1 dia
solar na Rotação é a Unidade, diferente de 1 dia solar na Translação da Terra,
onde a Unidade cíclica é o ano solar.
A
Unidade era considerada um Sistema ou Ciclo completo indivisível, e Sagrado para
estas culturas. Sempre com o cuidado científico de não se afastarem dos moldes
de racionalidade em que o Universo e a Natureza se manifestam.
Dentro do sistema astronómico ancestral circunscrito à Trama da Terra composto por o Sol, a Terra e a Lua no Espaço, e os ciclos observados na Matriz, a questão do Heliocentrismo ou Geocentrismo não representava uma preocupação, pois os Elementos centrais de qualquer Ciclo é uma variável em função do Ciclo observado. O Sol é o centro da Órbita da Translação da Terra, mas não na Rotação onde a Terra é a figura central do Evento.
Na Astronomia Ancestral a Terra era representada no Centro da Matriz sempre que o Ciclo observado fosse a Rotação da Terra ou a Órbita da Lua, ou/e sempre que a Terra for o ponto central da observação.
O mesmo acontecia com o Elemento que servia de ponto de referência fixo em cada observação na Matriz, o ponto zero ou 1440' minutos tinha também um caráter variável. Mesmo não sendo o Sol o Centro de uma observação, muitas vezes era o Sol o ponto de referência, ou ponto fixo zero dos Ciclos observados.
Isto
acontece no Ciclo das Lunações, onde a Terra é o Centro dos Eventos e o Sol o
ponto fixo zero da Matriz, que quando este ponto é cruzado pela Lua em Órbita
indica o momento da Lua Nova.
Enquanto na Translação da Lua, ou Ciclos das Marés, o centro da Matriz é a Terra e, o ponto fixo de referência é também a Terra. É na Matriz que são indicadas as posições sucessivas da Órbita da Lua em relação à Terra, marcada por um ponto inicial de zero minutos, (0') o meio do percurso em 720' minutos e o retorno ao ponto zero, o final do ciclo de Translação aos 1440' minutos.
Os principais pontos de referência fixos (0') considerados na Matriz nos Ciclos de observação da Terra, são o Sol e o Norte, ambos permitem determinar o posicionamento da Terra em relação ao Céu.
Este método era integrado com outras técnicas de medição, que descreviam de forma completa e rigorosa com todos os detalhes, o percurso das Órbitas dos Planetas, permitindo acompanhar os posicionamentos e o movimento passo a passo. Tornando possível observar a Evolução gradual dos Eventos a cada momento, no Espaço no Tempo, na Terra, na Vida e no Espirito.
O caminho sucessivo dos Planetas dentro da Matriz descritos na AstronomiaAncestral com todas as suas particularidades é, só por si uma verdadeira aprendizagem de forma racional sobre a Ordem em que os Eventos do Universo se manifestam.
Minuto a minuto, ângulo por ângulo, quadrante a quadrante, da vertical à horizontal, da conjunção à oposição, e muitos outros, são tudo aspetos que se podem analisar de forma direta dentro da Matriz na Astronomia ou em qualquer outro estudo de forma circular.
A Astronomia Ancestral e a Astronomia Moderna descrevem de forma totalmente distinta os mesmos Eventos planetários. Esta diferença é tão grande que se torna difícil fazer um paralelismo entre estas duas formas de estudo. O mesmo Universo e o mesmo Céu com resultados e conclusões muito diferentes.
Nesta sucessão de diferenças é possível que muitas vezes os termos astronómicos utilizados neste Manual não correspondam exatamente ao mesmo evento descrito pela Astronomia Moderna.
Algumas nomenclaturas foram reinventadas e adaptadas a esta Pesquisa, e em alguns casos são termos novos e originais que vou esclarecendo em, cada ocasião adequada.
Este estudo de Astronomia Ancestral não é para ser aprendido, é um conhecimento para ser integrado.
Assim,
com esta e outras futuras publicações acredito poder trazer um melhor e mais
completo entendimento sobre a Matriz e as suas funcionalidades.
Por agora é tudo, obrigada por ter estado aqui.
Este comentário foi removido pelo autor.
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